Variantes do Novo Coronavírus
Em todo processo de reprodução de um vírus ou de um ser vivo, há a multiplicação de seu material genético. Quanto mais frequentes forem as reproduções, logo as multiplicações de seu material genético, maiores são as chances de ocorrerem pequenos erros nesses processos, chamados de mutações. Seres vivos pluricelulares, por se reproduzirem com menos frequência do que os seres vivos unicelulares, possuem menos chances de desenvolverem essas mutações. Porém, os vírus, seres acelulares que muitos microbiologistas não os consideram como seres vivos por isso, ao hospedarem uma célula para se reproduzirem, multiplicam-se rapidamente.
No caso do novo coronavírus que estamos enfrentando nesta pandemia atual, “quando um grupo de descendentes (ou uma linhagem, em termos técnicos) do Sars-CoV-2 reúne mutações distintas em comum, passa a ser chamado de variante” (PINHEIRO, 2021). Atualmente, essas variantes foram classificadas em quatro tipos: Variante Alfa (a antiga B.1.1.7, identificada no Reino Unido), Variante Beta (a antiga B.1.351, identificada na África do Sul), Variante Gama (a antiga P.1, identificada no Brasil), Variante Delta (a antiga B.1.617.2, identificada na Índia). “Vale esclarecer que a Organização Mundial de Saúde (OMS) mudou a nomenclatura para facilitar a identificação e reduzir estigmas geográficos” (PINHEIRO, 2021).
A Variante Alfa surgiu em setembro de 2020. Ela possui uma taxa de transmissão entre 30% e 50% acima das variantes anteriores e pode ser facilmente combatida com a vacinação. A Variante Beta foi identificada em dezembro de 2020. Ela é um pouco mais transmissível que a Alfa. Uma das preocupações é em ralação ao escape da resposta imune, isto é, pessoas que contraíram essa variante mais chances de reinfecção. A Variante Gama foi descoberta no fim do ano passado. É muito parecida com a Beta. Porém, é mais transmissível e consegue escapar de anticorpos de variantes anteriores. O virologista Ferando Spilki aponta: “Tivemos 70% dos óbitos da pandemia no país nos últimos meses, com a predominância da Gama, mas isso pode ter acontecido mais por conta da combinação de alta transmissibilidade e baixa adesão às medidas restritivas, que permite que mais gente se contamine” (PINHEIRO). A Variante Delta foi detectada em outubro de 2020. Parece ser a mais preocupante até agora. Estima-se que ela possui uma taxa de transmissão entre 40% e 60% superior a Variante Alfa.
Porém, considera-se que o número de variantes do Sars-CoV-2, o novo coronavírus, são poucas, visto o tamanho do seu código genético e sua proliferação pelo mundo. Segundo Spilke, “ele possui uma enzima que corrige erros na hora da replicação. As variantes mais diferentes apresentam 22 nucleotídeos [pares de bases moleculares que formam o RNA viral] alterados entre 30 mil” (PINHEIRO).
REFERÊNCIA:
PINHEIRO, Chloé. Variantes do coronavírus: quem são e como se comportam. Veja Saúde, atualizado em 15 de junho de 2021. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/variantes-do-coronavirus-quem-sao-e-como-se-comportam/. Acesso em: 14 de agosto de 2021.
Parabéns Xande, é muito bom ler seus textos, a filósofos é a alma da verdadeira religião, não existe mestre, sem filosofar, bjin
ResponderExcluirSim, amiga! Muito obrigado!
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