Centenário do Grande Paulo Freire
Ontem, 19 de agosto, Paulo Freire completaria
100 anos se ainda estivesse vivo, isto é, o centenário do nosso Patrono da
Educação Brasileira. Freire defendia uma pedagogia voltada à emancipação dos
alunos e das alunas oprimidas pelo sistema capitalista e pelo sistema
educacional tradicional: pobres, em primeiro lugar, e os demais – como negros e
mulheres.
Além disso, defendia o diálogo entre o
educador e os educandos e uma prática educacional voltada a levar os conteúdos
escolares para a realidade dos alunos. Na perspectiva freiriana, cada professor
– seja de matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou linguagens –
deveria buscar, primeiramente, conhecer a realidade dos seus alunos para
realizar uma transposição didática que faça sentido a eles.
Como ensinar matemática para um operador de
caixa? Como ensinar física para um pedreiro? Como ensinar química para uma
cozinheira? Como ensinar biologia para um pescador? Percebe-se que sua
Pedagogia está voltada mais à Educação de Jovens e Adultos – foi o trabalho que
Freire desenvolveu quando alfabetizou 300 cortadores de cana-de-açúcar em
apenas 45 dias, com total de 40 horas!
Embora sua Pedagogia esteja mais voltada à
alfabetização de jovens e adultos, pode-se aplicá-la a alunos do ensino regular
e voltadas, também, para outras ciências. Ademias, Freire defendia a Educação
Crítica (EC) – decorrente da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, uma escola
de pensadores alemãs de corrente e tradição marxista. A EC busca desenvolver,
justamente, o pensamento crítico para a emancipação do alunos e das alunas.
Dela decorrem ramificações, como a Educação Matemática Crítica proposta por Ole
Skovsmose.
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